domingo, 10 de março de 2013

PRÁTICA MANIPULATIVA REDUZ MAIS A DOR DE PESCOÇO QUE OS MEDICAMENTOS


Abordagem Osteopática tem provado ser útil no tratamento de dores de pescoço.

 Um estudo, publicado na revista Annals of Internal Medicine, concluiu que este tipo de tratamento reduz a dor no pescoço mais do que os medicamentos, como paracetamol, ibuprofeno ou mesmo narcóticos. Após 12 semanas, 57% dos do grupo de teste que foram submetidos a este tipo de tratamento relataram uma redução da dor de pelo menos 75%, ao passo que apenas 33% do grupo submetido a medicação apenas tinha a mesma resposta.

Outro estudo no Journal of Therapeutics e Physiological encontrou melhorias significativa da dor crónica do pescoço em pacientes submetidos à manipulação da coluna vertebral até 12 semanas após o tratamento. O mesmo efeito não foi encontrado com massagem terapêutica.

Um ajuste no pescoço (manipulação cervical) pode melhorar significativamente a amplitude de movimento do pescoço, permitindo maior mobilidade da cabeça em torno livre de dor. Este tipo de tratamento também ajuda a relaxar os músculos do pescoço, diminuindo a tensão e a rigidez.

 

Sérgio Pereira

Licenciado em Osteopatia pela Oxford Brookes University

 

sábado, 9 de março de 2013

SOFRE DE TENDINITES ?


Os tendões são tecidos fibrosos, densos e resistentes que ligam fortemente os músculo aos ossos. Tendinite é a inflamação de um tendão. Os sintomas incluem dor e inchaço. Tendinite é geralmente um tipo de lesão que surge usualmente através do esforço por repetição, o tendão é repetidamente esticado até formar lágrimas minúsculas.
As articulações mais propensas a tendinites incluem o ombro, punho, joelho, canela e calcanhar. A maioria dos casos de tendinite resolvem-se espontaneamente.

A sintomatologia das tendinite pode ser semelhantes aos de outras doenças, como a artrite ou infeção, por isso é importante procurar um médico no caso dos sintomas persistirem.
 
Os sintomas das tendinites podem incluir: Dor, inchaço, rigidez e restrição de mobilidade na articulação afetada, fraqueza e diminuição da força muscular e a  pele sobre a área afetada pode ficar quente ao toque.

sexta-feira, 8 de março de 2013

OSTEOARTROSE



Doença articular mais frequente caracterizada pela degenerescência da cartilagem articular, esclerose óssea sub-condral e osteofitose.

 Epidemiologia - 5 a 10% da população, ambos os sexos, mais frequente após os 40 anos de idade e 85% acima dos 70 anos.

 Causas - primárias: idade, obesidade, alteração de fatores genéticos e hormonais.

               -Secundárias: traumatismos, instabilidade articular, fraturas antigas, displasias,
                                           doenças infeciosas, inflamatórias, metabólicas, etc.

 

Clínica

·         dor com ritmo mecânico,

·         rigidez matinal (se presente) < 30 minutos,

·         deformações tais como nódulos, rizartrose do polegar, hallux-valgus, varus e valgus,

·         tumefação da articulação,

·         limitação de movimentos,

·         atrofia muscular peri-articular,

·         síndromes radiculares, crepitações …

·         sem alterações laboratoriais.

·         Radiologia – estreitamento da entrelinha articular, esclerose óssea subcondral, osteófitos e por vezes: corpos livres intra-articulares e desalinhamento dos topos ósseos.


Tratamento
 
Clinico

·         Trata-se de uma patologia do foro degenerativo e como tal, não tem cura.

·         Repouso absoluto associado à prescrição de (AINES) – Anti-inflamatórios não esteroides, analgésicos, relaxantes musculares;

·         Aplicação de calor na região comprometida.

Osteopático

·         Aliviar/suprimir as dores,

·         Melhorar a capacidade funcional,

·         Evitar atrofia dos músculos peri-articulares  e impedir o surgimento de novas lesões.

 

Sérgio Pereira

Licenciado em Osteopatia pela Oxford Brookes University

ESPINHA BÍFIDA




Malformação congénita do sistema nervoso em que o arco posterior de uma ou mais vértebras não se desenvolve completamente, deixando sem proteção uma parte da espinal medula ou das suas raízes. O tecido nervoso sai através do orifício, formando uma protuberância mole, na qual a medula espinhal fica sem proteção. Isto é denominado espinha bífida posterior

Embora possa ocorrer em qualquer parte da coluna vertebral, é mais frequente na região lombar e a sua gravidade depende da quantidade de tecido nervoso que se encontra exposto.

Causas
Tem causa desconhecida mas uma mãe que tenha tido uma criança com esta afeção tem 10 vezes mais probalidades de ter outra criança com espinha bífida.

 Tipos

·         Espinha Bífida Oculta – É a mais vulgar e menos grave. Os sintomas incluem fraqueza dos membros inferiores, perda de sensibilidade, pés frios e incontinência urinária. Por norma, a deformação é tão incipiente e tão ligeira que passa praticamente despercebida exteriormente.

·         Mielocelo – É a forma mais grave da espinha bífida. A criança encontra-se bastante incapacitada e com as pernas totalmente paralisadas. São habituais a luxação da anca e outras deformações dos membros inferiores. É vulgar a existência de uma hidrocefalia o que pode resultar numa lesão cerebral. Pode existir incontinência urinária e fecal.

·         Meningocelo – Menos grave que a anterior.

·         Encefalocelo – É uma forma rara em que a protusão se projeta para fora do crânio. Existe uma grave lesão cerebral.


Sérgio Pereira
Licenciado em Osteopatia pela Oxford Brookes University

quinta-feira, 7 de março de 2013

COMO PODE OSTEOPATIA MELHORAR AS DIFICULDADES RESPIRATÓRIAS DE UMA ASMÁTICO



A asma é uma doença inflamatória crónica das vias respiratórias caracterizada pela falta de ar, aperto no peito, tosse e opressão torácica.

A sua fisiopatologia resulta de contrações da musculatura brônquica e da hiperprodução de muco nas vias aéreas.


Os músculos das vias aéreas tornam-se contraídos e o revestimento das passagens de ar incha, reduzindo a entrada de ar e produzindo o característico som de dificuldade respiratória - pieira.

Nos pacientes asmáticos, os músculos inspiradores tais como o diafragma e os intercostais encontram-se bloqueados e encurtados, resultando numa diminuição do movimento da caixa torácica inferior e inversão da função diafragmática.

O uso da musculatura acessória da cintura escapular (pescoço e ombros), provoca uma anomalia nos mecanismos da respiração, exigindo um esforço suplementar dos músculos da região superior do tórax e da região dorsal, o que faz com que os ombros se aproximam-se mais das orelhas alterando o alinhamento da curvatura torácica e o aumento da mesma. O tórax inferior diminui a sua amplitude com uma respiração curta e ineficiente, de maior gasto energético, favorecendo a acumulação de muco.
 
Com o decorrer dos anos, estas alterações irão acentuar progressivamente assimetrias nas cadeias musculares, podendo culminar no aparecimento de deformidades torácicas, limitação na mobilidade das estruturas peri-articulares (costelas, músculos, ligamentos, e tendões)  e alterações das curvaturas da coluna vertebral.

O tratamento osteopático em pacientes com asma, incide na maioria dos casos em técnicas específicas que permitem o reequilíbrio do sistema músculo-esquelético da região afetada, contribuindo para uma melhoria e controle da função respiratória.

 Sérgio Pereira
Osteopata – Licenciado pela Oxford Brookes University.

domingo, 3 de março de 2013

A PRESSÃO EXERCIDA NOS DISCOS REDUZ O FLUXO DE NUTRIENTES



A pressão exercida sobre os discos intervertebrais reuz a absorção dos nutrientes contribuindo deste modo para o início do processo de degeneração das estruturas articulares.
 
Segundo um estudo realizado em Espanha por especialistas do Instituto de Bioengenharia da Catalunha (IBEC), os mesmos observaram que a pressão diária e contínua exercida sobre os discos da coluna fruto de levantamento excessivo de peso ou de alterações de postura pode danificá-los ao reduzir o fluxo de nutrientes.
 
Estudos anteriores indicavam que 80% da população ativa sofre de dores na parte inferior das costas em algum momento da vida, mas pouco se sabe sobre o processo que degenera os discos da coluna.
 
Os especialistas dizem que um nível normal de pressão ajuda a nutrição das células. Mas de acordo com a referida pesquisa, as pressões excessivas nos discos influenciam negativamente a quantidade de glicose e ácido láctico presentes no disco.
As células necessitam de glicose, mas o excesso de ácido láctico pode ser prejudicial porque interrompe a nutrição e pode dar inicio ao processo degenerativo.
A interrupção do balanço nutricional nos discos pode acarretar em doenças degenerativas do sistema músculo-esquelético.
 
Jerome Noailly, um dos especialistas, refere que os nutrientes podem ser um fator chave para as dores. Segundo ele, "Se soubermos que a falta de nutrientes está envolvida na aceleração do processo degenerativo e as características de um disco degenerado interrompem a nutrição, isso leva a um aumento do número de células mortas e o tecido dos discos vai se degenerar mais e mais"; "Assim, para recuperar as funções do disco degenerado, devemos combater o problema da nutrição"; "Isso significa restaurar o volume de água e do disco. Um disco degenerado é como uma esponja murcha que precisa voltar a seu tamanho normal".
 
Fonte: BBC

LESÕES DO JOELHO




A articulação do joelho permite correr, caminhar e praticar desporto. Movimentos desajeitados, quedas e colisões, torções bruscas, força excessiva ou uso excessivo pode resultar numa série de lesões na articulação do joelho e nas estruturas que a suportam.
As Lesões de joelho mais comuns incluem: tendão, ligamentos, cartilagens, e a rótula.
Atenção médica imediata para qualquer lesão no joelho aumenta as probalidades de uma recuperação completa. As opções de tratamento incluem osteopatia, fisioterapia, cirurgia artroscópica e cirurgia aberta.

A estrutura do joelho
O joelho é uma articulação conjunta, situado entre o osso da coxa (fémur) e os ossos da perna (tíbia e perónio).
A contração dos músculos (quadricípites) na face anterior da coxa realizam movimentos de flexão, enquanto a contração dos músculos na face posterior da coxa (isquiotibiais) realizam movimentos de extensão, permitindo deste modo dobrar o joelho. O fémur descansa no prato raso da tíbia e é amortecido por uma espessa camada de cartilagem. Na parte da frente da articulação do joelho, a rótula assenta numa ranhura que se encontre na extremidade inferior do fémur. O conjunto é adicionalmente reforçado em cada lado por cartilagens que se situam entre a articulação do joelho. As estruturas ósseas são mantidas no lugar por bandas de tecido resistente conjuntivo chamado de ligamentos. O conjunto completo é colocado no interior de uma cápsula articular dura revestida por uma membrana cujo seu interior é preenchido por um lubrificante denominado por líquido sinovial. Cápsulas extras de fluidos, conhecida como bursas, oferecem um amortecimento extra.
Ligamento
A articulação do joelho é realizada em conjunto com bandas de tecido conjuntivo chamada de ligamentos. Movimentos repentinos ou força excessiva na articulação do joelho pode conduzir a um estiramento dos ligamentos para além das suas capacidades. A rutura de ligamentos pode provocar hemorragias no joelho e, normalmente, causa dor, inchaço e fraqueza articular. O ligamento cruzado anterior (LCA), situado no centro da articulação é o ligamento do joelho que mais frequentemente é afetado. Os músculos estão unidos às articulações através dos tendões. Tendões sobrecarregados podem rasgar e sangrar, mas estas lesões tendem a curarem-se por si só, sem a necessidade de cirurgia. A articulação do joelho é reforçada em ambos os lados por faixas adicionais de cartilagem, chamados de 'meniscos' ou cartilagens semilunares. Uma das lesões de joelho mais comum é a rutura do menisco. Um impacto de grande intensidade ou torção, especialmente durante o exercício de levantamento de peso, pode rasgar essa cartilagem. As lesões do menisco também podem ocorrer em pessoas mais idosas, devido ao seu desgaste natural. Os sintomas incluem dor, inchaço e incapacidade para endireitar a perna. A cartilagem danificada pode ser cirurgicamente removida sem causar qualquer instabilidade articular.

Rótula -  Síndrome de dor na rótula é caracterizada por uma dor sentida por trás da rótula. Agachar, subir e descer passeios ou escadas, ou ficar sentado por longos períodos de tempo pode agravar a dor. A causa mais comum é o movimento anormal da rótula por variadíssimos motivos o que poderá levar ao desgaste da cartilagem sobretudo na parte posterior do joelho, a desequilíbrios na força muscular, a tensões musculares e anormalidades estruturais do membro inferior. A dor geralmente aparece gradualmente ao longo do tempo.
  • Parar com a atividade imediatamente. “Não trabalhar com a dor”;
  • Repouso - descansar a articulação em primeiro lugar;
  • Reduzir a dor, inchaço e hemorragia interna com gelo, aplicado por 15 minutos a cada duas horas;
  • Elevar a perna lesionada;
  • Não aplicar calor na articulação lesada;
  • Evitar bebidas alcoólicas, pois isso incentiva a hemorragia e o inchaço (edema);
  • Não massagear o conjunto;
  • Procurar ajuda de um profissional de saúde;

Leves lesões no joelho podem curar-se por si, mas todas as lesões devem ser observadas e diagnosticadas por um médico ou por outro profissional de saúde competente para o efeito tais como osteopatas devidamente credenciados.

Como posso prevenir lesões no joelho ?
  • Aquecer as articulações e músculos antes de praticar desporto;
  • Usar calçado apropriado;
  • Evitar movimentos bruscos dissonantes;
  • Após determinados exercícios, realize alongamentos leves, fáceis e sustentados.