A asma é uma doença inflamatória crónica das vias respiratórias caracterizada pela falta de ar, aperto no peito, tosse e opressão torácica.
A sua fisiopatologia resulta de contrações da musculatura brônquica e da hiperprodução de muco nas vias aéreas.
Os músculos das vias aéreas
tornam-se contraídos
e o revestimento das passagens de ar incha, reduzindo a entrada de ar e
produzindo o característico som de dificuldade respiratória - pieira.
Nos
pacientes asmáticos, os músculos
inspiradores tais como o diafragma e os intercostais encontram-se bloqueados e
encurtados, resultando numa diminuição do movimento da caixa torácica
inferior e inversão da função diafragmática.
O uso da musculatura acessória da
cintura escapular
(pescoço e ombros), provoca uma anomalia nos mecanismos da respiração, exigindo
um esforço suplementar dos músculos da região superior do tórax e da região
dorsal, o que faz com que os ombros se aproximam-se mais das orelhas alterando o alinhamento da curvatura
torácica e o aumento da mesma. O tórax inferior diminui a sua amplitude com
uma respiração curta e ineficiente, de maior gasto energético, favorecendo a acumulação
de muco.
Com o decorrer dos anos, estas alterações irão acentuar
progressivamente assimetrias nas cadeias musculares, podendo culminar no
aparecimento de deformidades torácicas, limitação na mobilidade das estruturas
peri-articulares (costelas, músculos, ligamentos, e tendões) e alterações
das curvaturas da coluna vertebral.
O
tratamento osteopático em pacientes com
asma, incide na maioria dos casos em técnicas específicas que permitem o reequilíbrio
do sistema músculo-esquelético da região afetada, contribuindo para uma
melhoria e controle da função respiratória.