sábado, 27 de abril de 2013

SALTOS ALTOS PROVOCAM DANOS IRREPARÁVEIS





Muitas mulheres não dispensam o uso dos sapatos altos, que as tornam mais elegantes, mais altas e melhoram a sua autoestima. Contudo não há bela sem senão, o uso excessivo de saltos muitos altos pode provocar inúmeros danos estruturais, vasculares e alteração biomecânica das estruturas de suporte do corpo, principalmente na região lombar e nos membros inferiores (pernas e pés).

O uso excessivo do salto alto promove o aparecimento de diversas doenças nos pés, na coluna lombar, que é o eixo de sustentação do corpo e do encurtamento da musculatura da face posterior das pernas.

Os saltos não proporcionam estabilidade para o pé e deixam as mulheres com o centro de gravidade muito para frente.

O uso dos sapatos de salto alto exige uma elevação do calcanhar que por sua vez promove a inclinação do pé para a frente e para baixo enquanto dobra os dedos dos pés para cima. Quanto maior for a pressão exercida nos pés maior será o encurtamento do tendão de Aquiles. O  pé ao inclinar para a frente, transfere todo o peso para a planta dos pés (dedos), contraindo os músculos da região posterior da perna, exercendo uma pressão exagerada sobre os joelhos e  sobre a parte inferior das costas pressionando as vértebras lombares e contraindo os músculos da região lombar, aumentando as possibilidades de se desenvolver quadros de lordose lombar.

Distribuição do peso nos pés conforme a altura do salto



Vários estudos científicos, revelam que o uso excessivo de saltos altos alteram a postura, destabilizam as estruturas articulares e hipertrofia dos músculos da região posterior da perna.

Dores frequentes nos pés, principalmente próximo dos dedos e dos tornozelos, calosidades e vermelhão são os primeiros sinais de alerta. Muitas mulheres, porém, acostumam-se com o uso constante de sapatos de salto alto e não sentem esses sinais. Aliás, nesses casos o desconforto aparece na hora de usar um sapato de sola plana, como um ténis.

As manifestações mais frequentes são: encurtamento de músculos, ligamentos e tendões – (tendinites e tenossinovites), sobretudo na região posterior das pernas, dores musculares, transtornos articulares nos joelhos e na coluna vertebral, alteração do retorno venoso, podendo provocar edema nas pernas, dores musculares, deformidades articulares, inflamações, fascite plantar, fraqueza muscular, rutura de ligamentos e esporões do calcâneo, bolhas, calos, dedos em martelo, joanetes (hallux valgus), neuroma de Morton e muitas outras. Alem disso, usar saltos altos aumenta as probalidades de sofrer quedas, torções e por vezes fraturas.

Recomendações:

1.    Alongue alguns minutos por dia os músculos da face posterior das pernas – os isquiotibiais. Promove o aumento da flexibilidade muscular, reduz  as tensões musculares e prevê o aparecimento de cambras e de edemas;

2.    Em pé, apoie a ponta dos pé junto de um degrau e deixe  os calcanhares penderem para trás, ficando com a coluna ereta; (Fig.1)

3.    Em pé, curve o corpo para frente em direção ao chão, tentando tocar as mãos no solo, não forçando a coluna e não fletindo os joelhos. O importante é sentir o alongamento nas pernas e na coluna; (Fig. 2)

4.    Massageia os pés, calcanhares e os músculos da região posterior das pernas, pois estimula a circulação sanguínea e promove a oxigenação dos tecidos.

5.    Em casa deite-se no chão de barriga para cima, apoie um dos pés no chão e com a ajuda de uma toalha enrolada ou de um cinto, envolve o outro pé puxando-o na sua direção com a base do calcanhar voltada para o teto. (Fig.3)

6.    Alterne os dias de utilização dos saltos altos e baixos. Varie a altura e formato dos saltos.

7.    Em casa, nos fins de semana, use os sapatos baixos;

8.    Pratique atividades físicas frequentemente.

 

Fig.1
Fig. 2
 Fig. 3

O uso correto dos sapatos promove a sua saúde e qualidade de vida !

 

sexta-feira, 12 de abril de 2013

A SUA ALMOFADA É A MAIS APROPRIADA ?




Em média passamos aproximadamente cerca de 6 a 8 horas a dormir por noite com a cabeça sobre a almofada.

Contudo o uso de uma almofada inapropriada ao nível das suas características mecânicas, textura, rigidez e dimensão altera o devido alinhamento de toda a coluna vertebral. O desalinhamento da pescoço durante o ato de dormir, poderá contribuir para surgimento de manifestações indesejáveis, tais como dores musculares e articulares no dia seguinte e prejudicando o retemperar de energias por parte do sono.

O alinhamento correto da coluna cervical em relação ao resto da coluna permite uma distribuição mais uniforme do tónus muscular, evitando as sobrecargas de forças exercidas nesta região (cabeça, pescoço e tronco) e contribui para uma melhor qualidade do sono, que tem como função de reparador de energias.

Se o pescoço não é suportado corretamente quando se dorme, poderá desenvolver uma série de sintomas indesejáveis, tais como: dores de garganta, dores de cabeça, enxaquecas, dores nos ombros, dormência e formigueiro nas mãos (por compressão das raízes nervosas e dos vasos sanguíneos), dores nas costas, dores lombares e rigidez matinal no pescoço.
Não devemos avaliar a almofada apenas pelo aspeto e pelo conforto que proporciona. Uma escolha menos acertada pode resultar numa noite mal dormida e provocar algo de demolidor no dia seguinte, tais como as dores musculares e articulares, sobretudo as dores de costas.

A almofada é particularmente importante para as pessoas que dormem em decúbito lateral (deitadas de lado).

 
O que acontece ao usar uma almofada inapropriada?

·         O uso de uma almofada alta, obriga a um estiramento dos músculos do pescoço em resultado da cabeça se
     encontrar mais afastada da base do colchão. e o consequente o desalinhamento do resto da coluna.

·         No caso do uso de uma almofada demasiada baixa, verificar-se-á uma pressão sobre a coluna e sobre os
    músculos.

·         Dormir de decúbito lateral, também por vezes apresenta manifestações indesejáveis, uma vez que a pressão
    exercida sobre o ombro mais próximo do colchão é maior.

 
O que devemos ter em conta na escolha de uma almofada?

·         Características mecânica;

·         Grau de textura e rigidez;

·         Dimensão adequada (a altura do ombro);

·         Contornos (Uma almofada com contornos preenche os arcos do pescoço e, portanto, mantém as curvas
 corretas da coluna vertebral.

 
Cuidados no uso da almofada

·         Não ter mais do que 2 anos de idade. As almofadas devem ser substituídas a cada dois anos porque a
    pressão exercida enquanto dormimos altera a sua forma e características, tornando-as menos confortáveis.
·         Não sentir pressão sobre os ombros e pescoço, quando se deite de decúbito lateral;
·         Deve ter uma densidade suficiente para que a cabeça não se afunde.
 
Como escolher uma almofada?

A escolha da almofada para além das características acima mencionadas, deve ser a mais adequada à altura e à posição que habitualmente adotamos para dormir. É fundamental que respeitamos o alinhamento entre a cabeça, o pescoço e o tronco durante o nosso sono, para que o descanso seja perfeito.

A escolha de uma almofada dependerá em grande parte da posição em que dormimos.

 De lado ou de costas - almofada alta que permite manter o alinhamento entre a cabeça, o pescoço e o tronco durante
                                          o sono.
De barriga para baixo  almofada baixa e flexível.
De barriga para cima – almofada baixa não muito rija, que se ajuste à diferença entre o pescoço e a coluna cervical sem
                                          deixar tombar a cabeça para trás.

 
Alguns Tipos de Almofadas

Almofadas Hipoalergénicas
Para os que adormecem a espirrar, as almofadas hipoalergénicas mantêm os ácaros à distância, além de prevenir a formação de micróbios e a multiplicação de bactérias e fungos.
Almofadas de Penas
É a mais cara, apresenta maior durabilidade do que a maioria das sintéticas. É macia e leve, mas que facilmente se deformam com o seu uso, resultando por vezes na deterioração da postura da coluna com o agravar do peso da cabeça. Dada a sua altura e reduzida firmeza, estas almofadas são ideais para os que dormem de barriga para cima ou mudam de posição frequentemente.
Contra-indicado: Para pessoas que sofrem com algum tipo de alergia respiratória.
Almofadas Anti Ressonar
Especialmente desenhadas para dormir de lado, estas almofadas tem uma forma que permitem posicionar a boca numa posição adequada para recebe em condições o ar que se inspire.
Almofadas de Espuma
O calor corporal faz com que esta espuma se adapte à cabeça e ao pescoço, tornando esta almofada num artigo por excelência que evite acordar sem torcicolos. Pode tornar-se mais fina com o decorrer do tempo.
Incoveniente: Pode causar alergias e não deve ser lavada.
Almofadas de Pluma de Ganso
Extremamente macias e não permitem que se deformam.
Contra-indicado: Para pessoas que sofrem com algum tipo de alergia respiratória.
 Almofadas de Algodão
É o tipo de almofada ideal para ser usada no verão ou por quem mora em regiões de clima mais quente.
Indicado: Para pessoas que sofrem de alergias.

Almofadas de Látex
Ideal para manter o corpo na posição correta na hora de dormir, apesar de demoram mais tempo para se moldar com o peso da cabeça., mas ajudam a manter o corpo na posição correta na hora de dormir. Pode ser lavada.
Indicado: Para pessoas que sofrem de alergias.
 
A escolha de uma almofada apropriada é fundamental não apenas para prevenir o surgimento de lesões músculo-esqueléticas bem como contribuir para a função perfeita de um sono reparador das energias para o dia seguinte, garantindo uma qualidade de vida saudável, sem fadiga e sem dores.

Sérgio Pereira
Licenciado em Osteopatia pela Oxford Brookes University.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

60% DOS CABELEIREIROS QUEIXAM-SE DE DORES ARTICULARES E MUSCULARES



 
 


De acordo com um estudo realizado pelo departamento de ortopedia das Clínicas de São Paulo no Brasil, seis em cada dez cabeleireiros tem fortes dores na coluna, pernas e braço. Não são os únicos, outras profissões tais como dentistas, técnicas de manicure também apresentam este tipo de lesões músculo-esqueléticos no exercício das suas atividades.
Trata-se de profissões que exigem elevados movimentos repetitivos, executados quase sempre na mesma posição (postural), utilizando quase sempre os mesmos músculos e articulações.
As lesões mais comuns são as dores lombares (lombalgias), escapulalgias, braquialgias, tendinites quer do músculo supre-espinhoso quer da articulação do punho e dores nos membros inferiores, por vezes acompanhadas por dormências e formigueiro.
Cuidados a ter em conta:
·       Alternar em intervalos de 15 minutos para uma posição diferente da que habitualmente é adotada, permitindo um relaxamento das cadeias musculares em esforço;
·       Promover o alongamento dos músculos evitando a fadiga muscular;
·       Adotar uma postura correta, minimizando o gasto do tónus muscular;
·       No caso dos cabeleireiros, deve-se ajustar a cadeira onde se encontra posicionado o cliente a uma altura adequada, minimizando o esforço despendido pelos músculos da região escapular e dos braço.

Sempre que surgem as primeiras dores musculares e articulares com uma ocorrência de certa forma persistente, é aconselhável a ida a um profissional de cuidados médicos (entre os quais, o osteopata) o mais breve possível para tratamento das lesões ocorridas pelo excessivo prolongamento da posição postural e repetição dos movimentos, evitando o agravamento das mesmas.

Sérgio Pereira
Osteopata licenciado pela Oxford Brookes University