Muitas mulheres não dispensam o uso dos
sapatos altos, que as tornam mais elegantes, mais altas e melhoram a sua
autoestima. Contudo não há bela sem senão, o uso excessivo de saltos muitos
altos pode provocar inúmeros danos estruturais, vasculares e alteração
biomecânica das estruturas de suporte do corpo, principalmente na região lombar
e nos membros inferiores (pernas e pés).
O uso excessivo do salto alto
promove o aparecimento de diversas doenças nos pés, na coluna lombar, que é o eixo de sustentação do corpo
e do encurtamento da musculatura da face posterior das pernas.
Os saltos não proporcionam
estabilidade para o pé e deixam as mulheres com o centro de gravidade muito
para frente.
O uso dos sapatos de
salto alto exige uma elevação do calcanhar que por sua vez promove a inclinação
do pé para a frente e para baixo enquanto dobra os dedos dos pés para cima.
Quanto maior for a pressão exercida nos pés maior será o encurtamento do tendão
de Aquiles. O pé ao inclinar para a
frente, transfere todo o peso para a planta dos pés (dedos), contraindo os
músculos da região posterior da perna, exercendo uma pressão exagerada sobre os
joelhos e sobre a parte inferior das
costas pressionando as vértebras lombares e contraindo os músculos da região
lombar, aumentando as possibilidades de se desenvolver quadros de lordose
lombar.
Distribuição do peso nos pés
conforme a altura do salto
Vários estudos científicos,
revelam que o uso excessivo de saltos altos alteram a postura, destabilizam as
estruturas articulares e hipertrofia dos músculos da região posterior da perna.
Dores frequentes nos pés,
principalmente próximo dos dedos e dos tornozelos, calosidades e vermelhão são
os primeiros sinais de alerta. Muitas mulheres, porém, acostumam-se com o uso constante
de sapatos de salto alto e não sentem esses sinais. Aliás, nesses casos o
desconforto aparece na hora de usar um sapato de sola plana, como um ténis.
As manifestações mais frequentes são: encurtamento de músculos, ligamentos
e tendões – (tendinites e tenossinovites), sobretudo na região posterior das
pernas, dores musculares, transtornos articulares nos joelhos e na coluna
vertebral, alteração do retorno venoso, podendo provocar edema nas pernas,
dores musculares, deformidades articulares, inflamações, fascite plantar,
fraqueza muscular, rutura de ligamentos e esporões do calcâneo, bolhas, calos,
dedos em martelo, joanetes (hallux valgus), neuroma de Morton e muitas outras. Alem
disso, usar saltos altos aumenta as probalidades de sofrer quedas, torções e por
vezes fraturas.
Recomendações:
1. Alongue alguns minutos por dia os músculos da face posterior
das pernas – os isquiotibiais. Promove
o aumento da flexibilidade muscular, reduz as tensões musculares e prevê o aparecimento
de cambras e de edemas;
2. Em pé, apoie a ponta dos pé junto de um degrau e deixe os
calcanhares penderem para trás, ficando com a coluna ereta; (Fig.1)
3. Em pé, curve o corpo para frente em direção ao chão, tentando tocar as mãos no solo, não forçando a
coluna e não fletindo os joelhos. O importante é sentir o alongamento nas
pernas e na coluna; (Fig. 2)
4. Massageia os pés, calcanhares e os músculos da região posterior das pernas, pois estimula
a circulação sanguínea e promove a oxigenação dos tecidos.
5. Em casa deite-se no chão de barriga para cima, apoie
um dos pés no chão e com a ajuda de uma toalha enrolada ou de um cinto, envolve
o outro pé puxando-o na sua direção com a base do calcanhar voltada para o teto.
(Fig.3)
6. Alterne os dias de utilização dos saltos altos e
baixos. Varie a altura e
formato dos saltos.
7. Em casa, nos fins de semana,
use os sapatos baixos;
8. Pratique atividades físicas frequentemente.
O uso correto dos sapatos
promove a sua saúde e qualidade de vida !