Impedir uma pessoa de praticar atividades físicas com receio
que a doença degenerativa piore pode ter consequências graves tanto
psicológicas quanto físicas.
Os discos
intervertebrais são estruturas compostas por uma porção mais fibrosa chamada de
anel fibroso e outra mais elástica e gelatinosa, o núcleo pulposo. A principal
função do disco é absorver o impacto e permitir a mobilidade entre uma vértebra
e outra. Os vasos sanguíneos não chegam em grande parte do disco, e a sua
nutrição depende justamente do impacto para que ocorra. No entanto, stress mecânico
exagerado, frequente ou inadequado pode gerar problemas e causar a doença
degenerativa discal (DDD).
A hérnia de
disco é uma fase da DDD. Para o tratamento da hérnia de disco em
corredores ou atletas, é importante que sejam determinados os motivos que
favoreceram a degeneração discal. Não é uma tarefa simples, por ter geralmente
vários fatores: genética, postura, traumatismo, nutrição, treino inadequado e
tipo de atividade física. Modalidades desportivas que envolvam carga axial em demasia,
como levantamento de peso, ou impacto irregular ou imprevisível, como algumas
artes marciais, podem certamente acelerar o processo degenerativo. Também deve
ser considerado as expectativas do atleta com relação ao retorno às suas
atividades e o risco a que pode estar se submetendo de manter atividades
competitivas.
No entanto,
caminhar e correr, são funções básicas do nosso corpo, e devem ser estimuladas
no processo de reabilitação de doenças da coluna. Certamente, que a melhor
maneira de iniciar ou reiniciar essas atividades devem ser acompanhadas de
perto por um médico e por uma equipa multiprofissional para que não ocorra episódios
reincidentes de problema da coluna.
Assim como
correr maratonas ou provas de velocidade pode não ser indicado para todo tipo
de pessoa, ficar parado também não é! De fato, pessoas que por alguma doença,
ficam restritas de algum movimento por muito tempo, sofrem com o desuso e
rigidez das articulações envolvidas, processo chamado de anquilose.
O
neurocirurgião pode ajudar a determinar a gravidade do problema, assim como se
há indicação de algum procedimento para proporcionar melhora e retorno mais
rápido às suas atividades físicas. O osteopata
pode ajudá-lo na reabilitação adequada que deve ser realizada independente de
algum procedimento neurocirúrgico.