quinta-feira, 7 de março de 2013

COMO PODE OSTEOPATIA MELHORAR AS DIFICULDADES RESPIRATÓRIAS DE UMA ASMÁTICO



A asma é uma doença inflamatória crónica das vias respiratórias caracterizada pela falta de ar, aperto no peito, tosse e opressão torácica.

A sua fisiopatologia resulta de contrações da musculatura brônquica e da hiperprodução de muco nas vias aéreas.


Os músculos das vias aéreas tornam-se contraídos e o revestimento das passagens de ar incha, reduzindo a entrada de ar e produzindo o característico som de dificuldade respiratória - pieira.

Nos pacientes asmáticos, os músculos inspiradores tais como o diafragma e os intercostais encontram-se bloqueados e encurtados, resultando numa diminuição do movimento da caixa torácica inferior e inversão da função diafragmática.

O uso da musculatura acessória da cintura escapular (pescoço e ombros), provoca uma anomalia nos mecanismos da respiração, exigindo um esforço suplementar dos músculos da região superior do tórax e da região dorsal, o que faz com que os ombros se aproximam-se mais das orelhas alterando o alinhamento da curvatura torácica e o aumento da mesma. O tórax inferior diminui a sua amplitude com uma respiração curta e ineficiente, de maior gasto energético, favorecendo a acumulação de muco.
 
Com o decorrer dos anos, estas alterações irão acentuar progressivamente assimetrias nas cadeias musculares, podendo culminar no aparecimento de deformidades torácicas, limitação na mobilidade das estruturas peri-articulares (costelas, músculos, ligamentos, e tendões)  e alterações das curvaturas da coluna vertebral.

O tratamento osteopático em pacientes com asma, incide na maioria dos casos em técnicas específicas que permitem o reequilíbrio do sistema músculo-esquelético da região afetada, contribuindo para uma melhoria e controle da função respiratória.

 Sérgio Pereira
Osteopata – Licenciado pela Oxford Brookes University.