sábado, 12 de outubro de 2013

TENHO HÉRNIA DISCAL. POSSO CORRER ?



Impedir uma pessoa de praticar atividades físicas com receio que a doença degenerativa piore pode ter consequências graves tanto psicológicas quanto físicas.

Os discos intervertebrais são estruturas compostas por uma porção mais fibrosa chamada de anel fibroso e outra mais elástica e gelatinosa, o núcleo pulposo. A principal função do disco é absorver o impacto e permitir a mobilidade entre uma vértebra e outra. Os vasos sanguíneos não chegam em grande parte do disco, e a sua nutrição depende justamente do impacto para que ocorra. No entanto, stress mecânico exagerado, frequente ou inadequado pode gerar problemas e causar a doença degenerativa discal (DDD).

A hérnia de disco é uma fase da DDD. Para o tratamento da hérnia de disco em corredores ou atletas, é importante que sejam determinados os motivos que favoreceram a degeneração discal. Não é uma tarefa simples, por ter geralmente vários fatores: genética, postura, traumatismo, nutrição, treino inadequado e tipo de atividade física. Modalidades desportivas que envolvam carga axial em demasia, como levantamento de peso, ou impacto irregular ou imprevisível, como algumas artes marciais, podem certamente acelerar o processo degenerativo. Também deve ser considerado as expectativas do atleta com relação ao retorno às suas atividades e o risco a que pode estar se submetendo de manter atividades competitivas. 

No entanto, caminhar e correr, são funções básicas do nosso corpo, e devem ser estimuladas no processo de reabilitação de doenças da coluna. Certamente, que a melhor maneira de iniciar ou reiniciar essas atividades devem ser acompanhadas de perto por um médico e por uma equipa multiprofissional para que não ocorra episódios reincidentes de problema da coluna.

Assim como correr maratonas ou provas de velocidade pode não ser indicado para todo tipo de pessoa, ficar parado também não é! De fato, pessoas que por alguma doença, ficam restritas de algum movimento por muito tempo, sofrem com o desuso e rigidez das articulações envolvidas, processo chamado de anquilose.

O neurocirurgião pode ajudar a determinar a gravidade do problema, assim como se há indicação de algum procedimento para proporcionar melhora e retorno mais rápido às suas atividades físicas. O osteopata pode ajudá-lo na reabilitação adequada que deve ser realizada independente de algum procedimento neurocirúrgico.